Boa tarde Marina A hipótese bi-ramificada se baseia em critérios linguísticos iniciados em 1953 com os primeiros estudos de Aryon Rodrigues em Tupinambá, e depois levados para o estudo de outras línguas da família Tupi, e também em critérios geográficos. As Línguas do ramo-oeste e as línguas do ramo~leste são muito distintas linguisticamente, entre os ramos e, dentro dos ramos, entre si. Nosso trabalho considerou o critério geográfico apenas como meio de orientação, de corte tipológico, até para que não levássemos a pesquisa demasiadamente longe. Nós não entramos no mérito de ser a favor ou contra essa hipótese, mas sim de, dentro de um dos ramos dessa hipótese, propor uma reorganização com critérios morfossintáticos definidos (subordinadores derivados de *-ap, no meu caso, prefixo de foco no caso da minha colega Lara Wolski).
Entendi, João Paulo, obrigada pelos esclarecimentos. Parabéns pelo trabalho, gostei muito dele e achei muito interessantes os dados que vocês trouxeram! Queria só perguntar uma última coisinha, só para eu ter certeza que entendi certo: a hipótese bi-ramificada é mais baseada em critérios geográficos, e a análise dos dados que vocês trouxeram são evidências linguísticas a favor dessa hipótese, é isso?
Olá, tudo bem? Obrigada pela apresentação. Após ler e ouvir o trabalho, fiquei com algumas questões. 1) O que é a hipótese bi-ramificada? 2) Como é feito o julgamento em relação a quais línguas são mais próximas ou mais distantes considerando que vários aspectos são analisados para "medir" essa distância? Por exemplo, pegando o exemplo de Gavião e Káro - se entendi bem, o prefixo de foco afasta Gavião e Káro, mas as formas assumidas pelo morfema {-a} aproximam Gavião e Káro, e a presença de subordinadores novamente afasta Káro e Gavião. Como a distância entre essas línguas é medida, então, se alguns aspectos as afastam e outros as aproximam? É uma coisa quantitativa (quanto mais aspectos próximos, mais próximas as línguas) ou os aspectos tem pesos diferentes nessa classificação?
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