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Resposta a mensagem de Marco Antonio Almeida Ruiz Olá, Marco, Agradeço seu comentário! Respondendo sua pergunta, sim, é possível encontrar nos discursos dos participantes certos estereótipos. Quando eu questionava sobre o caipira, diversos começavam suas respostas com "depende", dizendo que existe o caipira que é caipira porque vive no sítio, afastado da cidade, na zona rural. Esses caipiras têm um outro tempo, um outro modo de viver e ver a vida, eles viveriam uma vida mais bonita, mais natural. E os participantes dizem que essa cultura deve ser preservada. Mas também há uma visão do caipira como "atrasado", sem escolaridade, ignorante. Esse, geralmente, alvo de preconceito e piadas. Uma das perguntas das entrevistas foi "você se considera caipira?". É interessante que muitos participantes disseram que gostariam de ser, ou de ser mais, porque disseram estar tomando como definição de caipira esses pontos positivos e não os negativos. Acho que esses são pontos bem interessantes e que merecem um olhar mais cuidadoso na minha pesquisa! Espero ter respondido. Me coloco a disposição para mais comentários e questões!

O trabalho apresenta reflexões importantes acerca do dialeto caipira e faz-nos pensar sobre os usos e variações em diferentes regiões brasileiras. Tenho me questionado a respeito da denominação "caipira", que já é, de certo modo, uma valoração/estigma imposto historicamente e socialmente; em seu trabalho, além de apontar traços específicos sobre esse falar (r, por exemplo), há outras características levantadas durante as entrevistas que permitem problematizar/questionar tal aspecto de valoração ainda tão latente? Ou seja, há algum traço encontrado nas falas dos entrevistados que fazem com que possamos verificar certos estereótipos ainda arraigados atrelados ao "caipira"? Obrigado.

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