Comentários

Olá, Giulia, tudo bem? Olha, a ideia é interessante, de fato. Pensar que a forma vazia de marcação morfológica torna os verbos inefáveis é algo que, como você apresentou, faz bastante sentido. Porém, você cita o exemplo de "colorir", com o qual, repito, fez bastante sentido para mim, mas não cita "precaver", o exemplo ao lado na apresentação. A minha dúvida é: se pensarmos na Gramática Normativa, provavelmente ela tratará "precavejo" como um desvio da norma. Entretanto, particularmente eu e meu círculo de amizades, temos o costume de usar esta forma. Seria uma forma, assim como o professor Renato cita na mensagem acima, que ganhou/está ganhando uma morfologia e, portanto, perdendo sua inefabilidade? E, como hipótese, é cabível pensar que esta inefabilidade possa dar lugar a uma regularidade morfológica para todos os verbos inefáveis? Novamente, reitero meus elogios. Parabéns!

Oi, Giulia! Muito legal o seu trabalho! É uma tema bem bacana. Eu gostei muito do painel, do resumo e da sua apresentação, e queria saber um pouco mais. Por exemplo, se não me engano, verbos como "explodir", "latir" e "miar" também são defectivos por não possuírem uma forma do presente da primeira pessoa do singular do indicativo, correto? Se sim, fico me perguntando se não termos essas formas é um problema da gramática, da tradição normativa ou de falta de contexto histórico ou imaginação. Por exemplo, depois dos tristes atentados terroristas que vemos nas últimas décadas, formas como "explodo" não parecem tão ruins. Podemos também imaginar uma história infantil narrada em primeira pessoa por um cachorrinho que aprende a latir e, feliz da vida, diz: "Agora eu também lato!"; e o mesmo vale para "miar" se o personagem for um gato. Como lidar com essas possibilidades? Elas são diferentes dos exemplos que você analisa, como "colorir"? Parabéns pelo trabalho!

Enviar comentário

Orientações

• Todos os campos são obrigatórios.
• Se seu texto for uma resposta ou um comentário a uma mensagem anterior, indique isso.
• Se fizer uma pergunta, acesse a página novamente depois de algumas horas para verificar se houve resposta.

Quer falar com o GEL? Entre em contato!