MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA E TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO: UM ENTRELAÇAMENTO DA/NA LÍNGUA A PARTIR DA FORMAÇÃO DISCURSIVA CRISTÃ

Querida Alessandra, tudo bem contigo? Vi seu vídeo, li seu resumo e vi seu painel. Você bem sabe o trabalho que lhe foi em relação a fazer os recortes, decisões em o quê e como expor. Pois bem, não tenho acesso ao seu trabalho como um todo, mas o que me foi apresentado está muito bom. Você mobiliza um corpus para análise que é incontornável em razão de sua importância social, não só em nosso tempo - e que temos vivemos! - mas pela dimensão história que a luta pela terra representa em nosso país. Desse modo, você busca o objeto científico, por meio da Análise do Discurso materialista francesa, para dar conta de uma série de fenômenos sociais que essa luta pela terra se mostra. Traz ainda pontos de contato entre outras formações discursivas, vindas da formação social e ideológica da teologia da libertação, e nos apresenta como o processo de significação entre essas duas FD têm intersecções constitutivas e fundantes. Dou-te parabéns novamente, a ti e a tua orientadora, pois tenho certeza de que seu trabalho cumpre todos os requisitos de ser fechando como um grande trabalho, quais sejam, a fundamentação teórica, sólida que você mobiliza bem, a fundamentação social, que requer de nós cientistas também a coragem de pesquisá-las e estudá-las. Deixo ainda uma última sugestão, que você certamente conhece, mas como não vi em sua referência trago aqui. Análise do discurso político: o discurso comunista endereçado aos cristãos, de Jean Jacques Courtine. Ele analisa, por meio da AD, um corpus em que é possível ver os atravessamentos de sentidos em FDs não homogêneas entre cristãos e comunistas; Siga na luta. Grande abraços. Samuel

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