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Resposta Muito obrigada, Matheus Granato. Concordo com suas considerações e penso que um processo de ensino-aprendizagem de LE deve propiciar discussões com intuito de promover a formação intercultural-crítica para o combate da xenofobia. Gostei das contribuições a respeito das comunidades bolivianas e venezuelanas que migram para o Brasil, uma vez que podemos “quebrar as fronteiras" do espanhol e, ao mesmo tempo, valorizar os países latinoamericanos.

Parabéns pela pesquisa, Maria! Muito interessante e pertinente a temática! Não sei se é exatamente o foco da sua investigação, mas fico pensando que, frente aos intensos fluxos migratórios recentes (também de brasileiros para o exterior, mas principalmente de imigrantes e refugiados para o Brasil), a discussão desse tema em aulas de LE tem um imenso potencial de formação intercultural-crítica, no combate à xenofobia por exemplo. Há algumas pesquisas que vão apontar os bolivianos e venezuelanos como maiores comunidades estrangeiras no Brasil. É claro que nem todos eles são falantes de espanhol, mas é razoável pressupor que um significativo percentual sim. Isso é, temos falantes de espanhol (e não poucos) circulando por todo o país, nas escolas, no comércio, em uma realidade muito mais próxima ao contexto de aprendizagem de brasileiros que estudam espanhol aqui (em muitos casos passando por situações de discriminação inclusive), e esses sujeitos são apagados das nossas aulas, em que o espanhol é representado sempre como a língua de um outro para além das nossas fronteiras. Conhecer melhor esses contextos e sujeitos pode ter contribuições tão significativas para a integração de imigrantes às nossas práticas sociais quanto as ações do Português como Língua de Acolhimento, que tem se popularizado recentemente.

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