Obra: Escrita como prática social (não) escolar
Organização: Eliana Maria Severino Donaio Ruiz
Autoria: Alex Alves Egido, Ana Paula da Silva, Andressa Aparecida Lopes, Bruna Carolini Barbosa, Carla Giovana de Campos, Cecília Gusson Santos, Eliana Maria Severino Donaio Ruiz, Everton Lima Camargo, Franciela Silva Zamariam, Lucas Mateus Giacometti de Freitas
Editora: Pontes
Ano de publicação: 2021
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Apresentação:
A escrita é um fenômeno que, desde o seu surgimento, tem se constituído como elemento fundamental na organização das sociedades. O domínio das habilidades de escrita se tornou elementar para que as pessoas pudessem ocupar determinados espaços sociais e agir através da linguagem. Entretanto, diante do valor e da função social da escrita, em franca potencialização na atualidade, ainda há, no campo do ensino, muitas questões a serem (re)tomadas, analisadas e discutidas em relação a essa modalidade da língua.
Nesse cenário, o livro Escrita como prática social (não) escolar traz contribuições relevantes para a pesquisa sobre a escrita e seu ensino. A obra, organizada por Eliana Donaio Ruiz, é resultado de intensas análises teórico-metodológicas acerca do trabalho com a escrita no processo de ensino-aprendizagem, tanto na educação básica quanto no campo acadêmico, e de reflexões sobre concepções de escrita em documentos oficiais de ensino e em avaliações externas, cujas perspectivas ressoam na formação dos educandos.
Amparada pela concepção interacionista e dialógica de linguagem e assumindo a visão de escrita enquanto prática social, a coletânea é organizada em nove capítulos, divididos em três partes ou eixos temáticos.
Na primeira, composta por quatro capítulos, há discussões sobre os modos de trabalho com a escrita e seus desdobramentos na formação crítica para a ação social de educandos em situação de ensino escolar e acadêmico. As propostas abarcam desde proposições temáticas para um trabalho contextualizado até a mediação do professor, via correção, na produção do aluno.
O livro apresenta, na segunda parte, três capítulos voltados a aspectos específicos da escrita: a interferência, no processo de ensino, do imaginário discursivo acerca da redação de vestibular; as “(transform)ações” de pesquisadores linguistas aplicados em sua escrita acadêmica; e a proposta de se (re)pensar o ensino da escrita em língua materna por meio de ferramentas do ensino de língua estrangeira.
Em sua terceira e última parte, a coletânea traz dois capítulos que evidenciam como documentos oficiais e avaliações externas podem influenciar o (não) ensino da escrita, focalizando, respectivamente, a Prova Paraná e a BNCC.
No intuito de fortalecer o diálogo e registrar a importância que a temática da escrita e seu ensino tem enquanto objeto de pesquisa complexo e multifacetado, a obra articula aspectos de interesse inalienável de todos os que dela se ocupam e com ela convivem pessoal e/ou profissionalmente.
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